Engajamento ambiental leva a Zero Carbon a participar da COP27
Especialista em soluções em transporte e logística, empresa foi convidada a participar da 27ª Conferência do Clima
O comprometimento com os cuidados com o meio ambiente e a descarbonização da economia mundial fez da Zero Carbon, especialista em soluções em transporte e logística, fosse convidada para participar a 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 27), realizada em Rabat, no Egito, entre os dias 6 e 18 de novembro. A participação aconteceu por meio de uma palestra proferida pelo CEO da Zero Carbon, Felipe Marçal, que contou a história da empresa que foi a segunda transportadora do mundo a conquistar o Selo B.
A responsabilidade ambiental é um dever de toda a sociedade – pessoas, empresas, entidades e governos – mas, para alguns setores, como logística e transportes é uma tarefa ainda mais difícil. Imersos em uma cultura baseada na queima de combustíveis fósseis, eles precisam fazer uma revisão atenta de processos a fim de conciliar uma cadeia produtiva responsável e controle de custos.
“COP é um evento muito bom, com muito conteúdo. Recebemos no ano passado um convite, mas acabei não indo a Glasgow (na Escócia para a COP 26). Este ano veio outro convite. Fizemos uma apresentação mostrando nossos veículos elétricos, temos uma torre de iluminação solar que é utilizada em mineradoras, obras de rodovias, portos. É convencional usar a torre a combustão, muito mais onerosa e insegura. Já são 50 equipamentos instalados, com uma redução de CO muito representativa. Só em 2022 mitigamos 1.600 toneladas com essas torres. Hoje atendemos todos os ODS (Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável), somos certificados no Sistema B”, destaca Marçal.
Para o executivo, o principal ponto positivo do evento promovido pela ONU é, realmente, reunir representantes de quase todos os países do mundo em torno da causa da mitigação das mudanças climáticas. Por outro lado, a nota negativa vem, infelizmente, da participação do Brasil. Na avaliação de Marçal, o evidente potencial do País para liderar as discussões sobre sustentabilidade no planeta
não foi devidamente aproveitado. “Um aprendizado é que não adianta a gente preservar a Amazônia sem fazer nada lá. Precisamos criar atividades sustentáveis, incentivar a produção de créditos em áreas privadas. Falta um pouco de realismo, tem que entender o que de fato precisa ser feito. Sem economia, é impossível ter um modelo de preservação sustentável. Como isso vai gerar resultados para a população do Brasil inteira. Fiquei um pouco triste porque o Brasil tinha três estandes e os assuntos abordados não tinham a ver com o tema. Os representantes oficiais estavam com um discurso vazio, sendo que temos um potencial muito grande, muitas empresas com ações importantes que não são convidadas pelo próprio País”, lamenta.
Ainda que o desânimo possa aparecer de vez em quando, o engajamento continua firme e o objetivo maior é servir como exemplo para outras empresas, mostrando que a responsabilidade socioambiental e o combate às mudanças climáticas já abandonou da coluna de despesas para a de investimentos,
gerando lucro para as companhias. “O meu desejo é que outras empresas sigam as nossas práticas pioneiras. Não é despesa mais, já temos lucro com isso. Os clientes estão buscando fornecedores com boas práticas. A maioria dos nossos clientes são multinacionais e todas valorizam muito a questão do ESG. É o princípio da corresponsabilidade, para que eu seja sustentável meus parceiros também
precisam ser. Infelizmente os clientes brasileiros ainda olham mais o preço. Uma coisa muito importante é ter uma regulamentação e fiscalização prática e transparente. Não somos uma ONG, somos uma empresa que visa o lucro, mas esse lucro pode ser alcançado cuidando da natureza também. Vem dando certo, o convite para a COP 27 prova isso. Temos três pilares: performance, sustentabilidade e felicidade. Nosso propósito é transformar o mundo através da logística responsável”, completa o CEO da Zero Carbon.